terça-feira, 6 de março de 2012

O Julgamento

Uma intervenção artística nas ruas de São Paulo. Isso é o que a diretora e atriz Alessandra Cavagna tem feito. Nossa Ale faz o papel de uma ré que pratica o aborto. Mas por que ela cometeria este assassinato? Ela tenta explicar mais não consegue já que o bispo e o juiz a condenam. Exatamente meus caros, Um juiz e um bispo que fecham os olhos para os oprimidos e que só conseguem ver o aborto o como assassinato e não como opção de vida.

Mas como assim vida?

Hoje no Brasil milhares de mulheres são estrupadas no meio da rua. As vezes a vítima conhece o agressor bem como não conhece. Mas vamos ao primeiro exemplo em que a violentada conhece o estrupador. Geralmente, é ou um membro da família, conhecidos da família ou amigos ou colegas de trabalho. Ex maridos e ex namorados não estão fora dessa lista. As vezes o resultado dessa violência é a gravidez. Fora que a violentada também é muito humilhada pelo delegado que pergunta: " que tipo de roupa a senhora estava usando?"

O outro problema que quero colocar aqui é quando a gravidez é de risco. Devido a idade, muitas mulheres não podem ter mais de um filho. Essas mulheres tem mais de 10 filhos. Vai chegando a uma idade em que o copro da mulher não pode mais ter filhos. Existe também complicações na gravidez que põe em risco a vida da mãe bem como o embrião esta ameaçado.

Portanto ao assistirem esta performance peço aos senhores que não chamem nossos artistas de aborteiros e sim olhem com outros olhos a questão do aborto como opção de vida e nunca de morte.

Também gostaria de desejar a todas as mulheres incluindo Ale Cavagna um Feliz Dia Internacional da Mulher. Eu sei... é dia 8 de março. Mais nada melhor do que antecipar um pouco.

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