segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

A Forma da Água

Uma moça solitária que se apaixona por uma criatura do mar, este é o filme de Guilhermo del Toro, A Forma da Água. O filme é ambientado em uma época de Guerra Fria. Uma pacata faxineira de nome Elisa e sua amiga Zelda são escolhidas para fazer a limpeza de um laboratório. Durante seu serviço, Elisa descobre que o governo esta fazendo prisioneiro uma criatura que para muitos índios sul americanos é uma espécie de Deus. A bela e a criatura acabam se apaixonando.

Queria dar nota 10 para a crítica de hoje do Segundo Caderno de Raphael Montes. Ele falou muito bem da proposta do diretor sobre o filme. Diz ele (2018, p.6): "Desde o início, fica claro a proposta do cineasta é criar um conto de fadas moderno. Neste sentido, cumprem bem o papel a produção do designer  de Paul Austerberry, criando cenários com um clima fabular , e a trilha sonora de Alexandre Desplat, presente em boa parte do filme, costurando a relação entre criatura e homem. "

Montes (2018) continua falando sobre o tempero mais interessante do filme que vem de seu aspecto erótico. Ao contrário do conto de fadas, Del Toro carrega na violência o humor negro e no sexo. Não há nada de politicamente correto na personagem muda que se masturba na banheira, no amigo homossexual que frequenta uma loja de tortas para paquerar o rapaz do balcão ou até mesmo no sexo interespécie (com um diálogo posterior que oferece um vislumbre sobre o "modo" como o sexo acontece).

 Raphael Montes termina assim na sua coluna:

"É esta a coragem que merece ser premiada, a de fazer um filme sujo, mas belo; romântico mas sexual; estranho ainda que perfeitamente humano."

Faço eu, suas palavras.


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