Com direção de Fernando Philbert e atuação impecável de Ana Barroso, a peça conta a história de uma mulher acusada de loucura e rebeldia pela Madre Igreja na época. Sua esperança é escrever uma carta a Rainha de Portugal Maria I, também chamada de Maria Louca. O que vemos não é apenas uma encenação de uma carta, mas de um pedido de socorro e uma história invisível negligenciada por muitos portugueses e brasileiros.
O monólogo foi inspirado no livro de Maria Valéria Rezende. Parte da história é verídica e parte é romantizada. Porém, a atmosfera que vemos nesta peça é sombria na qual mulheres são violentamente censuradas o qual Isabel que era uma beata cujo o intuito de ajudar ao próximo foi sua bandeira de bondade e não um sinal de rebeldia.
Esta atmosfera lembra um pouco o Do Claustro de Ruy Jobim Neto, onde o autor denunciava o clausuro de mulheres que eram consideradas subversivas ou não eram mais "virgens". Forma milhares de mulheres que foram aprisionadas contra a sua própria vontade.
A peça está em cartaz no Teatro Café Pequeno, 20 horas. Dias 31 de outubro e 1 de novembro serão os últimos dias.
Avenida Ataulfo de Paiva 269, Leblon Rio de Janeiro.
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