terça-feira, 9 de novembro de 2021

Instituto Municipal Nise da Silveira fechou as portas

 


Semana passada, o mais antigo hospital psiquiátrico do brasil fechou as portas. O Instituto Municipal Nise da Silveira fechou deu adeus aos seus últimos dois pacientes que habitavam a instituição. Um sofre de esquizofrenia e o outro sofre de autismo. 

Para o grupo de Luta  Antimanicomial, foi uma vitória já que se encerra por definitivo a cadeia dos loucos. Quando uma pessoa ia para estes lugares, eles não eram  tratados e sim jogados a própria sorte. Os eletrochoques bem como a lobotomia foram frequentes e humilhantes. Os homens e mulheres internados não eram  só doentes mentais, mas sim homossexuais, prisioneiros políticos, epiléticos, mães solteiras, mendigos dentre outros. O vídeo aí em baixo mostra um pouco de como eram estes lugares. Em um hospital em Barbacena, este foi chamado de Holocausto Brasileiro. 



Nise da Silveira era uma mulher que lutava contra tudo isso. Ela acreditava em um ambiente mais humanizado para se tratar as pessoas internadas. Estes tipos de pacientes eram chamados de clientes e com isso, começou uma luta que dura até os dias de hoje pela humanização as pessoas com Transtornos Mentais. Ela implantou a arte como forma do indivíduo de se expressar. Com todos estes trabalhos artísticos, Nise da Silveira inaugurou O Museu do Inconsciente que funciona no Instituto Nise da Silveira. Sim ele irá continuar bem como outras atividades artísticas. 



O que posso dizer como psicólogo é que demos um passo importante para humanizar ainda mais a saúde de mental. Porém, nossa luta ainda não acabou já que ainda tem muito o que fazer. Um exemplo é enfrentar o preconceito que muitas pessoas têm em relação a um homem ou mulher que tem transtornos mentais (graves ou não). 

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