Até quando vai o perdão? Quando o sentimento de justiça e vingança passa o seu limite? Estas são as perguntas que o espectador faz depois de ver A Morte e A Donzela que está em cartaz no Teatro Cândido Mendes.
Para se entender a história, vemos um cenário pós ditadura no Brasil. Rita Grego faz o papel de uma mulher que foi torturada durante os anos de chumbo. O que ela não sabe, é que seu personagem irá se encontrar com o seu algoz. Isso mesmo, um psiquiatra que ajudava os militares durante as torturas dos presos políticos. Seu marido, membro da Comissão que investiga casos cometidos naquela época, é contra o tipo de interrogatório abusivo que sua mulher está fazendo. Daí surge o conflito. O final é surpreendente.
Perdoar ou não perdoar? Eis a questão. Enquanto muitas pessoas acreditam que a Lei da Anistia fez para por fim no Regime Militar, para muitos esta lei foi uma espécie de acordão! Isso quer dizer até mesmo os torturadores seriam perdoados por seus pecados. O que me chama a atenção é que existem homens e mulheres que querem a volta daqueles anos terríveis. Isso quer dizer: A volta do AI-5 (Ato Institucional número 5), O fechamento do congresso nacional e o fim do Tribunal Superior Federal. São tantos os absurdos que não tenho palavras para exprimir o que penso nestas linhas.
Toda a segunda e terça, sempre às 20 horas. Vai até o dia 29 de agosto no Teatro da Candido Mendes.
Rua Joana Angélica 63 Ipanema.
FICHA TECNICA
Texto: Ariel Dorfman
Tradução: Diogo Savala
Elenco: Rita Grego, Diogo Savala e Alexandre Galindo
Direção: Eduardo Milewicz
Direção de Arte: Alexandra Arakawa
Desenho de Luz: Camille Klecz
Direção de Produção: Alexandra Arakawa
Produção Executiva: Rita Grego
Assessoria de Imprensa: Alessandra Costa
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