Ao deixar de lado o aspecto religioso e desmistificar a figura de Maria de Nazaré, mãe de Jesus, o espetáculo Em Nome da Mãe aborda a jornada íntima de uma mulher jovem, pobre, não casada – e grávida, tendo por isso sofrido os preconceitos de uma sociedade conservadora, patriarcal e machista. A história milenar, escrita por homens na Bíblia, aqui é contada por sua protagonista antes de se tornar a mãe do filho de Deus. Baseada na obra homônima do premiado autor italiano Erri de Luca, a peça foi concebida e adaptada para o palco por Suzana Nascimento, que também estrela o monólogo, em sua primeira montagem no Brasil. A direção é de Miwa Yanagizawa.
Nota do Blogueiro:
A peça em si pode ser agressiva aos olhos cristãos. Porém, ela aborda algo esquecido por nós. Esquecemos de levar em conta a Imagem da mulher que foi Maria antes dela se tornar Nossa Senhora. As observações aqui abordadas, levam em conta a questão das mulheres na época de Jesus ou um pouco antes. Toda a mulher, segundo a Lei de Moisés que era flagrada em adultério, deveria ser apedrejada. Isso nos vale lembrar o quanto Maria corria riscos ao abraçar o Filho de Deus. Ao mesmo tempo, que para nós seria um ato de coragem abraçar a gravidez concebida pelo Poder do Espírito Santo, se vivêssemos naquela época, muitas pessoas veriam Maria como uma prostituta e perguntariam para ela de quem é o filho? Ao concluir a minha análise, apesar de tantos anos terem se passado, ainda somos uma sociedade patriarcal. Ainda estamos perseguindo as muitas Marias.
PARA ASSISTIR A PEÇA.
No Sesc Rio, a peça Em Nome da Mãe, fica até o dia 29 de agosto. Sextas a domingo, 19 horas. Acesse o site: youtube.com/portalsescrio
Amanhã e depois, tem mais. Os links estão aqui em baixo:
https://www.youtube.com/watch?v=xEIvtLM2_w0
https://www.youtube.com/watch?v=nyCSWGs3XHo
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