domingo, 31 de julho de 2011

A Ocupação da Funarte 2

Depois de Flavia Moreira ser a testemunha Ocular da Tragédia de Nova friburgo, Uma atriz que não quer se identificar é nossa Testemunha Ocular da Ocupação da Funarte por artistas e tecnicos de São Paulo. Alias, ela é mais do que testemunha ocular, ela esta participando da ocupação. Nesses dias, entrei em contato com essa minha amiga, que não quer se identificar, está participando da ocupação da funarte e segundo a própria atriz a ocupação foi tranquila. Não há nenhum caso de violência por parte dos representantes do protesto e não há algum tipo de violência praticado por policiais bem como por terceiros. Não existe casos de que algum material de dentro da Funarte tenha sido danificada durante essa ocupação.  Através desse depoimento no facebook, ela mostra com exclusividade uma imagem do que esta sendo essa ocupação, além de mostrar toda a sua indignação com o descaso a cultura.

A OCUPAÇÃO DA FUNARTE. DEPOIMENTO POR ALESSANDRA CAVAGNA. 


  "Só pra refletir a respeito dos desencontros de informações e equívocos que ora estão sendo divulgados pela internet a respeito da ocupação da FUNARTE pelo MTC. Não me estranha, de forma alguma. Já esperava, até! Diante de possibilidade de ver desestabilizada a manutenção de um status quo há tanto tempo vigente, isso só poderia estar acontecendo dessa maneira, mesmo! Ao contrário do que parece, isso só deixa clara a importância do ato de ocupação da FUNARTE pelo MTC, já que está causa tantos "eu acho" e "eu ouvi dizer" nas pessoas que agora assistem, mesmo que de longe, a manifestação viva da indignação há tanto tempo contida por tantos de nós artistas. A máquina do capital - que transforma tudo em coisas - e alguns representantes de uma sociedade burguesa estão se sentindo indignados com um bando de artistas sem pátria, sem mátria, que mantém a duro custo ainda sua alma e dignidade, que resolveram PERDER A PACIÊNCIA e dar um BASTA; que não pensam em sua arte como mercadoria, mas como manifestação genuína do seu processo de trabalho; que não aceitam mais manterem-se escravos de uma política cultural que só privilegia os já privilegiados; que não podem mais engolir uma lei que coloca o dinheiro público nas mãos da iniciativa privada que determina a partir daí, o que é cultura e o que não é; que sentem-se enojados com uma política do "beija a mão, toma um cafezinho e espera"; de uma lógica capital que coloca preço em tudo que existe. "E aí, qual o seu preço? Quanto você vale?" Os artistas do MTC resolveram rasgar suas etiquetas de preço e quebrar as estruturas. "Queremos cultura sim e queremos agora, mas queremos para todos!"
Foto feita pela atriz essa semana. 

Para mais informações: www.culturaja.com

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