Ary Coslov e Marcelo Aquino novamente juntos para apresentar este monólogo em cartaz no Teatro Poeirinha. Marcelo está fantástico nesta homenagem a dois grandes artistas: Van Gogh e Anton Artaud. Van Gogh que pintou o movimento da noite com suas pinceladas inesquecíveis e Artaud em seu Corpo sem Orgãos. Um devir contínuo que não para.
Escrito a quatro mãos por Coslov e Aquino, o texto parte do ensaio “Van Gogh – O suicidado da sociedade”, de Artaud, publicado em 1947. Marcelo vive os conflitos de um ator que já não consegue mais distinguir os limites entre arte e vida, realidade e ficção, loucura e razão. Por meio de uma proposta de encenação que investe fortemente na fisicalidade e na confluência entre diferentes linguagens artísticas – dança, teatro e artes plásticas – a peça propõe uma reflexão sobre nossa incapacidade de lidar com tudo aquilo que não aceitamos ou não compreendemos.
Uma performance para todos os companheiros em psicologia verem. O espetáculo aborda temas como a anti-psiquiatria defendida por Michel Foucalt. A exclusão daqueles estranhos a frente de uma sociedade que se considerava "normal". Como falei anteriormente as ideias de Gilles Deleuze e Félix Guattari ao defenderem de Como fazer para si um Corpo sem Orgãos. (Recomendo o Mil Platôs, n. 5).
Anote aí:
Tetro Poeirinha
Rua São João Batista, 104. Botafogo.
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