terça-feira, 2 de outubro de 2018

Entrevista ao Candidato a Deputado Federal Allan Caldas


O Terceiro Candidato a Deputado Federal a ser entrevistado pela Bauhaus Cultural é Allan Caldas. Ele é do PSD-RJ. Antes de se candidatar, ele é jornalista e blogueiro.


1) Porque quer ser candidatos?

Sou candidato porque tenho sensibilidade social e quero ajudar a melhorar a nossa sociedade.
Não é possível um país com gente de tanta capacidade, ser tão mal aproveitado. Temos muitas
demandas para resolver e eu decidi parar de reclamar porque quero fazer parte da solução.

2) Quais são seus projetos para a área de cultura ?

Muita gente pensa que cultura é aquele Folclore e aquelas temáticas que pouca gente se interessa.

Cultura é um mercado bilionário, que produz conteúdo relevante para nossa sociedade tanto para entretenimento quanto para levar educação. O Brasil é um grande produtor cultural e devemos ter políticas públicas voltadas para o incentivo à cultura de forma a privilegiar novos talentos e trazer condições mais favoráveis aos que iniciam.

Muita gente acha que produção cultural é algo que deve se pagar ou que deve dar lucro. Eu faço uma comparação com a educação: Quando se constrói uma escola, paga-se professores e os gastos com toda a máquina. Todo esse gasto não foi feito para o lucro. Portanto, devemos pensar em cultura não como um gasto, mas como um incentivo ao desenvolvimento humano para um maior alcance de sensibilidade social. Como formaremos a opinião de nossas futuras gerações sem a produção cultural? Alguns sociólogos dizem que somos fruto do meio. Portanto, é a produção cultural que vai gerar as futuras opiniões e enriquecer nossas gerações.

3) Muitos Partidos apóiam Bolsonaro. Você apóia um Homem que diz que vai acabar com o Ministério da Cultura?

A questão que devemos discutir não é se o Ministério da Cultura vai acabar ou não. Mas o custo que cada Ministério tem para o Brasil. Existe um orçamento limitado e muitas prioridades. Temos que incentivar a cultura no Brasil de forma honesta, razoável e com economia de recursos. Não essa farra que existia na Lei Rouanet que claramente dava dinheiro para ideologias partidárias ou artistas renomados. Precisamos definir regras claras de como o dinheiro da cultura deve ser aplicado.

4) Vi que você trabalha com Internet. O que você acha dela nos dias de Hoje?

Hoje em dia o que leva educação é a internet e a produção audiovisual, infelizmente, obras literárias estão perdendo espaço em nosso acervo cultural. Temos uma sociedade cada vez mais dinâmica e apressada. Um texto longo dificilmente terá tanta audiência quanto um vídeo publicado. Temáticas complexas que levam tempo para explicar também exigem obras audiovisuais longas. E cada vez mais será difícil achar novos escritores. Portanto acho que temos que priorizar o que leva educação que é a Internet e suas plataformas de conteúdo como: Youtube, Facebook, Vimeo.

5) Você gosta do Cinema Brasileiro?

Adoro o cinema Brasileiro, acho que devia existir mais adesão no exterior para a exposição e reprodução de nossas obras. Exportar mais é o caminho. Internamente acho que já está bem consolidado o mercado e a produção de conteúdo. Exceto as dificuldades normais que existem no Brasil: “O chamado Custo Brasil”.

6) Qual a mensagem que você quer deixar para o Bauhaus Cultural

Você que é leitor do Bauhaus Cultural, gostaria de lhe pedir seu voto. Temos um Brasil com muitas injustiças e precisamos de pessoas realmente interessadas em mudar para melhor. Vivemos um momento de extremismos e gostaria de me apresentar como uma terceira via para unir diversos lados. Em 2018 me apresento como Candidato a Deputado Federal e gostaria de pedir a você uma chance, uma oportunidade para fazer diferente e mostrar que o Brasil pode mais. Abaixo listo algumas perguntas difíceis e a minha forma de pensar:

·       Aborto: “Sou contra e sempre serei. Mas não tenho direito de decidir como uma mulher deve tratar seu corpo. Essa decisão deve ser sempre dela. Vou apoiar o que ela escolher.”

·       Homofobia: Um absurdo existir pré-conceito e violência com pessoas que escolhem a forma como vão se relacionar. O amor se expressa de várias maneiras e não existem limites para isso. Porém, temos que tomar cuidado com a forma como levamos isso para nossas crianças, não levando de forma precoce algo que somente se escolhe quando adulto ou adolescente. Vamos respeitar o tempo natural delas e as suas próprias vontades. Portanto ser neutro ao falar de sexualidade para crianças é importante.

·       Racismo: Acho com sinceridade que o que existe no Brasil não é racismo por questões da cor de pele (Somos muito miscigenados para isso), mais sim por questões sociais. O preconceito é para quem é pobre mesmo. E vem de todos os lados o preconceito. Porque não há inclusão social e existe uma diferença social muito grande em nosso país. Quando igualarmos um pouco isso acho que diminui ou acaba essa questão.

·       Igualdade de Gênero: Historicamente existe e sempre vai existir uma diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho e em diversos outros setores da sociedade. Simplesmente pelo fato de que a mulher acaba de forma natural concentrando sua atenção em criar os filhos. Porém temos a incumbência na sociedade de equilibrar essa diferença com leis e garantias que permitam que as mulheres estejam inseridas em todos os aspectos da sociedade. Como a justiça, política, serviço publico e demais profissões.

·       Maioridade Penal: Sou plenamente a favor da redução da maioridade penal, no Brasil infelizmente vivemos num país com muita injustiça e uma juventude muito precoce em suas ações.

·       Desarmamento: Não gostaria de ser a favor, mas tenho que ser na atual situação. Porém acho que a sociedade somente pode se armar quando existe penas mais duras para crimes dolosos contra a vida. Possuir uma arma é uma decisão muito séria que deve vir acompanhada de uma pena muito dura para quem não souber usar de forma correta e coerente.


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