terça-feira, 11 de setembro de 2012

Césio 137. O Pesadelo de Goiânia



Este mês irá fazer 25 anos do acidente com o Césio 137 em Goiânia, capital do Estado de Goiás. Os moradores de uma pacata rua chamada Rua 27,  foram vítimas de um acidente que ficou na memória de muitos brasileiros. Vítimas como a pequena Leide das Neves que morreu com apenas 6 anos de idade. Ela havia comido um pão logo depois de ter mexido no césio. Foi considerado o primeiro caso de um ser humano ter ingerido algo radioativo. 

Leide das Neves, 6 anos, foi a primeira vítima do césio-137 (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)Leide das Neves tinha 6 anos quando morreu.

MAS COMO ESSA TRAGÉDIA OCORREU?

Tudo começou com a retirada de um equipamento de radioterapia para o tratamento de câncer. O aparelho foi esquecido dentro de um prédio abandonado, onde funcionava uma clínica de radiologia, no Centro de Goiânia. Levada para um ferro-velho, a peça foi desmontada a marretadas. A cena foi reproduzida várias vezes em filmes e programas de TV.
O objetivo do dono do ferro-velho era aproveitar o metal, mas a descoberta de um pó dentro do equipamento, que brilhava à noite, chamou a atenção de muita gente, inclusive de crianças. A situação de Leide foi ainda pior porque, ao fazer um lanche depois de brincar com a novidade, acabou ingerindo, acidentalmente, partículas do pó misturadas ao alimento. Isso aconteceu longe dos olhos da mãe.

As mortes ocorreram poucas semanas depois da descoberta do que passou a ser considerado o maior acidente radiológico do mundo -- com uma substância radioativa usada em hospitais.
 


acessado em 11/09/2012

Gostaria de ao ter minar este post lembrar uma poesia de Vinícius de Morais e cantada pelo grupo Secos e Molhados. 


Rosa de Hiroshima

Ney Matogrosso

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada




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