Bem,
Jair Bolsonaro é nosso novo presidente. Quando ele ganhou, pensei em escrever um post sobre isso. Porém, dias atrás, um grande amigo meu que além de psicólogo é astrólogo, fez um post bem bacana na página dele. Leonardo Alvim Correa fez um mapa astral sobre o Brasil. O resultado foi esse.
Dedo na ferida/ Política: Chamado ao despertamento
Acho que merecíamos um panorama político melhor do que esse. Não tivemos, no entanto, como maioria, conscientização para escolher algo diferente. De um lado, um candidato da extrema direita; despreparado, reacionário, tosco, tacanho, que quer resolver tudo a ferro e fogo. Um homem sem sensibilidade social, que não respeita a humanidade e a diferença das pessoas. Quer atacar o efeito, sem cuidar das causas. Com um discurso raso, foi ascendendo nas intenções de voto com retóricas e frases de efeito, que ele sabia que encontraria eco na parcela machista e conservadora da população.
De outro lado, temos um candidato que até aparentemente é bem intencionado, estudado, professor, etc., mas que tem atrás de si um partido que protagonizou um dos maiores escândalos de corrupção do planeta. Governo populista, trouxe, é verdade, uma série de benesses sociais ao povo, mas enquanto dava com uma mão, tirava com a outra. E achava isso normal. Seu principal líder, hoje preso, não hesitou em lançar ao fogo seus principais companheiros de partido, quando as falcatruas começaram a vir à tona. Adotou o tempo todo um discurso de negação, nunca sabia de nada, e fomentou o tempo todo a polaridade, a ideia do “ nós contra eles”. Era sempre o perseguido, o injustiçado, o inocente traído por tudo e por todos. Sua prisão, a meu ver, em parte foi injusta, uma manobra para tirá-lo da disputa presidencial. Mas quem semeia vento, colhe tempestade. Justamente pelo fato das elites econômicas nunca terem gostado do fato de um operário ter chegado à Presidência da República, é que seu partido não deveria ter feito o que fez. Tiveram o Congresso na mão, a faca e o queijo, mas acabaram fazendo mau uso do poder. Nunca fizeram uma autocrítica e assumiram seus erros, o mínimo que deveriam ter feito era um reconhecimento do acontecido e um pedido de desculpas em rede nacional à nação.
O planeta Saturno, sentado no signo de seu trono, o Capricórnio, transita pela décima primeira casa do mapa da Independência do Brasil, casa essa que rege, no mapa astrológico de um país, o Congresso Nacional. A população deu um recado claro nas urnas. A Reforma Política, neglicenciada pelos políticos, começou a ser feita pelo povo. Velhos caciques e conhecidos foram banidos. A faxina começou. Saturno representa os limites e está inspirando esse processo de dar um basta à velha política brasileira.
Nesse momento muita coisa está sendo revelada, tanto a nível micro quanto macro político. Mulheres que vivem casadas há anos com homens que consideravam tão bonzinhos e pacíficos, estão descobrindo as facetas violentas e machistas desses mesmos homens. E o contrário também está acontecendo, o machismo e a intolerância de certas mulheres está sendo revelado. É assim mesmo, é o processo. Não há cura sem dor. Não se faz omeletes sem quebrar ovos.
Com Júpiter transitando pelo signo de escorpião, o meio termo é desconhecido, a hipocrisia é desmascarada e a verdade vem à tona, doa a quem doer. O tumor está vindo à superfície pra ser eliminado. E Júpiter transita justamente pelo Meio do Céu do mapa do Brasil, a décima casa, correspondente ao Poder Executivo. Somente passando por essa depuração e estando o máximo possível consciente disso, é que o País volta a crescer quando Júpiter entrar no próximo signo, o Sagitário. Isso acontecerá mês que vem, no dia 9 de Novembro. Estamos no finalzinho desse processo, por isso ele está tão intenso.
O brasileiro médio é conservador. Isto é evidenciado no mapa da Independência por Saturno em Touro e Urano em Capricórnio, ambos regentes do Ascendente Aquário. As revoluções que aqui acontecem tendem à uma tonalidade conservadora, à restauração da “ordem e da moral”. Como Urano transita pelo signo de Touro no momento ( outro signo do elemento Terra, conservador), é isso que estamos presenciando, uma “revolução” radical conservadora da extrema direita. Toda a configuração astrológica atual confirma esse fato (Saturno e Plutão em Capricórnio, Urano em Touro e Júpiter em Escorpião, este último, como vimos, é um signo dado a extremos, tudo ou nada).
Potencialmente, Plutão em Capricórnio significa o lento e profundo declínio das velhas estruturas de poder, baseadas no conservadorismo e no patriarcado. Saturno em Capricórnio, significa a foice que vai cortando, implacavelmente, o que não serve mais e aponta também para uma inadiável necessidade de amadurecimento. Urano em Touro, revisões e novos horizontes mais abertos nas relações econômicas, inclusive envolvendo o conceito de terras e propriedades, e também nas relações afetivo sexuais. Infelizmente aqui no Brasil, devido ao nível de consciência de boa parte da população e dos políticos, esses conteúdos ainda não estão sendo vivenciados em toda a sua potencialidade e o que estamos vendo de forma majoritária é o recrudescimento dos costumes, do conceito de propriedade privada e uma enorme onda de conservadorismo.
Tivéssemos em outro nível de consciência, durante o período em que Urano estiver transitando por Touro, os próximos sete anos, seria um momento muito auspicioso para a implantação da Reforma Agrária. Não aconteceu e sinceramente nem acho que vai acontecer. Pelo menos tão cedo. Na prática, o que se viu foi a Reforma Trabalhista e a retirada de direitos do trabalhador. Podem, e tomara que sim, aumentar por parte dos cidadãos as iniciativas de construção de ecovilas e comunidades alternativas, onde novos sistemas de relacionamentos, trocas e valores são implantados.
Nenhum dos dois candidatos apresentou, por exemplo, um Plano Nacional de Educação. Bolsonaro é um “mito” construído , inclusive pela própria esquerda, que não cansa de dar ibope a ele. Conseguiu que falassem dele o tempo todo, seja contra ou a favor, e vejam só no que deu. Vota-se por medo do outro,mais por exclusão do que por inclusão. Há pouca afirmação de propostas reais, sólidas, alternativas e viáveis. Tenho pena dos menos favorecidos, sempre a pagar mais caro a conta de toda essa falácia.
Se observarmos com atenção ,veremos que estamos sempre entre dois lados da mesma moeda, alimentando um modelo de sistema político representativo corrupto e falido, onde o que os eleitos menos fazem é nos representar. No fundo, o mesmo fanatismo, as mesmas mentiras, o mesmo projeto de poder. Interessa a esse Sistema que nós, o povo, estejamos sempre divididos e polarizados, acreditando nas histórias e desculpas contadas pelos políticos e que apenas com o ato do voto estamos realizando grandes mudanças. Povo iludido é povo enfraquecido e fácil de ser dominado.
Netuno transita pelo signo de Peixes e ficará nesse signo até mais ou menos 2026. No momento, está a 14 graus desse signo, fazendo oposição exata ao Sol do mapa do Brasil. Netuno é o planeta das ilusões e idealizações e continuamos, em maioria, a buscar o mito do Salvador da Pátria. Um homem forte que vai solucionar magicamente todos os problemas do país. Tanto Bolsonaro quanto Lula ( Haddad) encarnam esses mitos. Seres perfeitos, heróis intocáveis...Quando vamos acordar dessa ilusão, nos conscientizarmos de nossa participação em tudo o que acontece e buscarmos soluções mais diretas enquanto coletividade? Estamos apenas repetindo velhos filmes. O velho travestido de novo. A oposição entre Netuno e o Sol do Brasil dura ainda uns dois anos e meio, por aí. Depois disso, será que a gente desperta?
O inimigo está mais dentro do que fora, ele é fruto da nossa própria inconsciência e teimosia. Abrir mão de nossas velhas e arraigadas crenças dói ao ego, parece que perdemos a identidade e o sentido. Mas a revisão e reinvenção fazem-se urgentes e necessárias. Quebrar paradigmas e adotar novas práticas. A realidade está aí pra provar isso. Não adianta tapar o sol com a peneira, querer soluções desesperadas. Tudo passa primeiramente por um profundo exame de consciência. Que possamos caminhar no sentido dessa conscientização e de uma Democracia Direta, onde sejamos cada vez mais protagonistas e não vassalos da classe política. Eles existem para servir à população, e não o contrário, como vem acontecendo.
Na imagem, está o mapa da Independência com os respectivos trânsitos planetários do momento.
Por: Leonardo Alvim- Astrólogo/Psicólogo
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